quinta-feira, outubro 19, 2006

Sigam exemplo do râguebi!

THIERRY HENRY, A QUEM ANULARAM UM GOLO VÁLIDO, LANÇA APELO À FAMÍLIA DO FUTEBOL
Sigam exemplo do râguebi!
Por gabriela melo

INCONFORMADO com o cartão amarelo e, sobretudo, com o golo anulado na derrota em casa do CSKA Moscovo (0-1), Thierry Henry quer justiça. Para isso, propõe que o futebol siga o caminho do râguebi, permitindo aos jogadores trocarem impressões com os árbitros.

O avançado do Arsenal desafiou a UEFA a adoptar a mesma filosofia do râguebi, no qual é permitida a comunicação entre jogadores e árbitros.

Thierry Henry não se conforma com a anulação, pelo árbitro Mejuto González, do golo marcado em Moscovo, ante o CSKA, o qual teria permitido a igualdade, ao minuto 86. O internacional francês controlou a bola com o peito e atirou-a para o fundo das redes de Igor Akinfeev. Já o árbitro considerou que o golo foi precedido de mão na bola e, além de invalidá-lo, mostrou o cartão amarelo ao jogador (86 m). «De início, pensei que tinha assinalado um fora-de-jogo e recuado na decisão. Acusar-me de tocar na bola e dar-me um cartão amarelo é errado.»

Modelo do râguebi

Para o avançado dos gunners, o râguebi é uma referência. «As pessoas sugerem que os futebolistas devem comportar-se como os jogadores de râguebi e aceitar as decisões. Nesta modalidade, os atletas podem falar com os árbitros. Nós não estamos autorizados. Gostava que o futebol se equiparasse ao râguebi nalgumas coisas porque não podemos falar com os árbitros», afirmou o dianteiro. «Quando nos dirigimos e tentamos falar com eles, não respondem nem dirigem qualquer palavra. É difícil lidar com isto.»

Os responsáveis da UEFA, através de um porta-voz, não parecem predispostos a ceder. Além de esclarecerem que Thierry Henry não pode recorrer contra o cartão amarelo, porque «é uma decisão do árbitro». E acrescentaram: «A UEFA só tomaria ocorrência da situação se houvesse algum erro na identidade do jogador, o que não é o caso. A UEFA não tenciona continuar as averiguações porque o assunto é menos sério em comparação com um cartão vermelho».

O treinador do Arsenal, Arsène Wenger, criticou o estado do relvado do Estádio Lokomotiv, mas as queixas caíram em saco roto. Pertencente ao Grupo G, com Hamburgo e FC Porto, além de CSKA, o Arsenal ocupa o segundo lugar.

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