No ano em que a Selecção Nacional de sevens foi convidada pela International Rugby Board (IRB) a participar nos oito torneios do circuito mundial de que é responsável, a arbitragem lusa não foi esquecida e a mesma IRB endossou um convite ao árbitro João Mourinha para estar presente nas duas provas que marcaram o arranque da temporada – Dubai e George – e ser um dos oito juízes a dirigir os jogos das 16 selecções em competição.
Como surgiu o convite para estar nestes torneios do circuito mundial?
Este convite surge, claramente e na minha perspectiva, pelos excelentes resultados das selecções nacionais. Daí surge a curiosidade de Paddy O’Brian (responsável da IRB pelos árbitros) sobre a arbitragem em Portugal e ter-me chamado para conversarmos, para me conhecer. Mas já teria a ideia de me convocar.
Quando aconteceu isso?
Em Agosto. Desde aí ficou apalavrado que deveria ir a alguns torneios. Em Setembro surgiu a confirmação, bem como alguns requisitos que teria de cumprir. Nessa altura a Federação também me ofereceu apoio.
E quais são os requisitos?
Concentração, cuidados com o jogo no solo, porque é um jogo muito mais rápido em que tudo acontece muito depressa, além da resistência natural, pois cada árbitro tem de apitar dois ou três jogos por dia, o que é muito cansativo. E com o cansaço a dificuldade em tomar decisões com clareza aumenta e não podemos falhar, pelo menos devemos evitar que isso aconteça.
Que sentimentos despertou este convite?
Grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, de um sonho que não queria falhar. Mas também foi uma honra enorme representar Portugal, um país pequeno e com pouca visibilidade, daí a responsabilidade acrescida, afinal era o único estreante em grandes palcos, já que o árbitro japonês tinha cinco anos de profissionalismo e, habitualmente, apita jogos com mais de 20 mil espectadores. A minha estreia foi com o dobro da assistência, o que me fez sentir muito pequenino. Mas é destas emoções que vivemos…
Como correram os torneios?
George claramente melhor do que o Dubai. Contudo o acolhimento foi fantástico, os árbitros são acompanhados em todos os planos e no fim do dia temos uma avaliação a cada jogo e as correcções que devemos fazer. Devo dizer que o "coach" ficou surpreendido com o meu progresso. No Dubai fui o único a mostrar um cartão vermelho (por indicação do juiz de linha), enquanto na África do Sul fiquei muito perto de apitar uma final e estes convites são por mérito. Normalmente a final menos importante é atribuída ao árbitro do país, se for o caso. Em George poderia ter sido escolhido, talvez seja presunção minha. Mas um dia penso que chegarei lá e o quinto lugar (em nove árbitros) é muito animador.
O que retirou da experiência?
O método de trabalho ao mais alto nível, uma experiência que quero partilhar com os meus colegas. Essa era a grande missão. Mas também estou pré-convocado para o Mundial de sub-19, a competição onde todos os árbitros querem estar presentes.
Sente que cumpriu a missão?
Sim, honrei a camisola. Queria ter feito uma final, era um sonho, mas tenho a consciência tranquila, esforcei-me, dei o meu melhor, não fui passear mas sim dar o mais que podia.No ano em que a Selecção Nacional de sevens foi convidada pela International Rugby Board (IRB) a participar nos oito torneios do circuito mundial de que é responsável, a arbitragem lusa não foi esquecida e a mesma IRB endossou um convite ao árbitro João Mourinha para estar presente nas duas provas que marcaram o arranque da temporada – Dubai e George – e ser um dos oito juízes a dirigir os jogos das 16 selecções em competição.
1 comentário:
Peço aqui como jogador que haja mais respeito pelos arbritos, pq nos so temos a ganhar se oa arbritos conseguirem apitar melhor....
e essencial ter um bom arbrito num jogo como o de rugby....
respeito e mais condicoes da parte da federaçao!!
grd abr e parabens ao mourinha, mais como ele.....
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